empregos no rio e região

Duplicação aumentará em 50 mil o número de vagas

Com a notícia da duplicação do projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que terá duas e não apenas uma refinaria, a expectativa é de que aumente o número de vagas de emprego, que deverá chegar a um total de 262 mil. De acordo com o coordenador geral do Conselho Regional do Comperj, Edson Munhoz, que também é diretor do Sindicato do Petroleiros do Rio de Janeiro (SindPetro-RJ), estimase que cerca de 10 mil novas vagas diretas sejam criadas. Já os empregos indiretos terão um crescimento, em números reais, entre 30 mil e 40 mil oportunidades.
Edson Munhoz explica que a terceira geração de empregos (fase final da cadeia referente à fabricação de produtos) é a que vai gerar mais vagas:

“Essa última geração é a que vai fazer os produtos, como pente, tênis, sacolas plásticas, por exemplo, todos oriundos da indústria petroquímica. Dessa fase é que vão surgir os cerca de 30 mil a 40 mil empregos indiretos. Na cadeia de serviços diretos, o número a mais de vagas ficará entre 9 mil a 10 mil. Não vai passar disso, já que o segmento é muito automatizado. Na verdade, todos esses são números flexíveis e que podem ser modificados a qualquer momento, de acordo com a necessidade dos projetos”.

Com a ampliação, o projeto,originalmente previsto para entrar em operação em 2012, só começará a funcionar em 2013. Por conta disso, Munhoz  defende que a capacitação de mão-de-obra da região seja iniciada o mais rápido possível, para que Itaboraí não se torne uma Macaé, como definiu o diretor do SindPetro.

“A Petrobras é o ‘filé mignon’ da indústria petroquímica e pode ser que o projeto sofra ainda mais algum tipo de intervenção. Por isso, a nossa preocupação é com esse crescimento, com essa área que já tem muito projeto industrial. Então, tem que qualificar o morador da região para evitar que Itaboraí se torne uma Macaé, com alto índice de favelização. Tem que aumentar a capacitação das pessoas, além da infraestrutura. Queremos garantir que quem more no município tenha condições técnicas de trabalho
no projeto”, declara o coordenador geral do Conselho Regional do Comperj. “Só isso interfere diretamente no aumento da possibilidade de poluição, de falta de água, saneamento básico. É uma área que já está no limite e essas questões podem se agravar”, acrescenta.

Ainda segundo declarou Edson Munhoz, a atuação do SindPetro é através de uma base sindical e visa melhorar a qualidade da vida na região. “Batalhamos para trazer uma escola de capacitação e a nossa intervenção é no sentido de garantir o crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano”, afirmou Edson Munhoz.

O Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) está com inscrições abertas para quase 7 mil vagas no Rio de Janeiro, nos níveis básico, médio, técnico e superior. Desse total, São Gonçalo ficou com a maior parte, 1744 vagas. Porém, o município só será contemplado com vagas de nível básico, ficando as oportunidades de níveis médio, técnico e superior com Niterói e Rio de Janeiro. Segundo o Prominp, o critério utilizado segue a determinação do edital para que as vagas de nível superior sejam oferecidas nas capitais dos estados, em universidades federais, estaduais, PUC e FGV, que, em geral, estão nestas localidades. Ainda segundo a assessoria do programa, essa estratégia é por conta da centralização da demanda de nível superior, e essas vagas são compartilhadas por mais de um empreendimento do setor de Petróleo em determinado período.

Os cursos são gratuitos e a Fundação Cesgranrio é responsável pela execução do processo seletivo. Para Niterói foram reservadas 1000 vagas para os níveis básico, médio, superior e técnico. As inscrições podem ser feitas pelo site www.prominp.com.br ou nos postos de inscrição credenciados. Para os cursos de nível básico, a taxa de inscrição é de R$ 24. Nos níveis médio e técnico o valor é R$ 40. Os candidatos aprovados que estiverem desempregados durante o curso receberão uma bolsa auxílio mensal no valor de R$ 300 (cursos de nível básico), R$ 600 (níveis médio e técnico) e R$ 900 (nível superior). O objetivo, segundo os organizadores, é melhorar a qualificação dos profissionais que serão, eventualmente, aproveitados pelas empresas privadas fornecedoras de bens e serviços do setor de petróleo e gás natural. Entretanto, a participação nos cursos não garante emprego aos alunos.

Em todo o país serão 27.915 vagas, que estarão assim distribuídas: 20.601 para cursos de nível básico; 5.188 para os de nível médio; 1.286 para o nível técnico e 840 para as categorias de nível superior. Nos níveis médio e superior, há oferta de vagas para portadores de necessidades especiais em algumas categorias específicas.

Todas as informações sobre os cursos oferecidos nesta etapa de seleção podem ser obtidas no edital, que se encontra disponível para consulta e download, nos sites do Prominp (www.prominp.com.br) e da Cesgranrio (www.cesgranrio.org.br).

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